AS TRÊS ERAS DA HUMANIDADE
· I ERA - do surgimento do homem até o início da civilização
· II ERA – das primeiras cidades até a formação dos reinos
· III ERA – A guerra de todos e o fim da civilização. Exílio dos Deuses
I ERA
Não há muito o que se contar sobre essa era que vai dos primeiros passos do homem até o surgimento das primeiras cidades. A nova raça se concentrou a Leste do Rio Eterno e a partir do solo fértil da Região desenvolveu se as primeiras unidades tribais. É durante esse período que a maior parte do território de Verkkonnuksen é descoberto pelos homens que passam a ocupa-lo gradualmente. A exceção da Ilha Floresta e as Minas Geladas nos extremos sul e norte do mundo conhecido até então.
Essa era chega ao fim com a fundação da cidade de Kort a sudeste do Rio Eterno e o início da colonização dos “Territórios Além”, mais tarde conhecido como Ilha Oestyam.
II ERA
A partir da colonização de Oestyam as cidades e assentamentos começaram a surgir por toda parte do mundo conhecido e os homens se tornaram os senhores do mundo, que passaram a chamar de Verkkonuksen, palavra que tinha o significado de “Domínio”. Logo as tribos que antes vagavam independentes se uniram em Reinos e países, da cidade de Kort surgiu o Reino de Innkoor, que dominou todos os territórios a Leste do Rio Eterno, desde a fronteira com o Deserto Zul até a Floresta das Sombras chegando as Portas da cordilheira conhecida como Muralha Infinita.
Em Oestyam a cidade de Nackrull se destacou como principal centro do continente, mas sua hegemonia durou apenas meia centena de anos, quando o grande continente foi dividido em dois reinos de poder equilibrado, ficando Nackull na fronteira entre esses dois, mas sem pertencer ou obedecer a nenhum. Esses reinos eram Ahbult ao Norte e Byrrow ao sul.
A oeste do Rio Eterno diversas tribos guerrearam entre si em um processo que levou a Formação de dois Reinos independentes e rivais Nordium ao norte, que se estendia da
Muralha Infinita ao norte até o Pântano Lendário ao Sul. E o reino de Sulthet tendo como fronteira o Rio Eterno ao Oeste, o Pântano Lendário ao norte e o Deserto Zul a Sudoeste.
Ao final dessa era, exploradores encontraram a Ilha Floresta navegando para o sul, mas como essa já estava densamente povoada por povos hostis e não parecia ter algum atrativo a primeira vista, Kort não se interessou pela sua colonização.
Assim se formaram os cinco grandes Reinos da II Era: Innkoor, Nordium, Sulthet, Ahbult e Byrrow.
Foi nesse momento que Rattio e Irracis se manifestaram perante os homens, lhes ensinando o poder além da matéria, a vontade suprema capaz de manipular tudo conforme seu desejo, a Magia, como foi chamada, rapidamente se espalhou e floresceu entre a raça humana. Os Deuses gêmeos, como foram chamados foram venerados e cultuados pelas suas crias e em troca recompensavam os mais devotos, surgindo assim toda uma casta de homens poderosos capaz de influenciar o destino de reinos inteiros.
III ERA
A revelação dos deuses e da magia marcou o fim da era anterior e de um longo período de paz relativa, mas frágil entre os reinos.
A unificação das tribos da Ilha floresta em um reino deu o sinal de que os tempos de calmaria estavam acabando, tal feito só foi possível com uma guerra sangrenta e catastrófica que levou a destruição completa de maior cidade da região Rakthat, quase tão antiga e poderosa quanto Kort.
Após a unificação os povos da Floresta, os Baakar passaram a investir contra o litoral sul de Innkoor, primeiro apenas pilhavam a região, mas logo começaram estabelecer em alguns pontos. Temendo uma invasão, o Regente Supremo Benevith convocou seu exercito e arrasou os acampamentos invasores, porém o gosto da batalha havia entrado pela espada do regente, que formou uma esquadra poderosa e aumentou seu exército para derrotar seus inimigos. Formando o maior exército já visto, invadiu a ilha com cinco esquadras e em três pontos diferentes, Magos foram usados para derrotar os navios defensores manipulando a água do mar e logo o poderoso exército de Inkoor tinha posto os pés na Ilha Floresta. Embora em menor número, os Baakar não foram vencidos facilmente, com toda a experiência em combates em mata fechada, derrotaram facilmente o exército central que havia desembarcado no meio da ilha, bem no coração da floresta. Os exércitos do Leste e do Oeste conseguiram resistir e construir poderosas fortalezas, que serviram de apoio para as forças de Inkoor. Por 20 anos os dois exércitos se massacraram, até que a bandeira de Kort tremulou sobre a Ilha, mas a sede de Inkoor agora estava insaciável e iria se voltar contra seus vizinhos.
Benevith tinha aumentado ainda mais seu exército durante os 20 anos de guerra, magos poderosos foram feito comandantes e a magia tornou-se uma arma fundamental nas forças de Kort. Sem aviso Benevith ordenou o ataque a Nordium, obrigando esse reino a recuar para o Pântano Lendário, em uma manobra ousada, um exército formado apenas por magos, viajou incógnito até o Deserto Zul dominando aquele território e usando suas areias para arrasar o sul de Sulthet com enormes tempestades mágicas. Partindo de suas fortalezas na Floresta, os soldados veteranos de Inkoor conquistaram rapidamente todo o sul de Byrrow, parando aos pés das montanhas Escudo, quase no extremo Oeste.
Logo ficou claro para os reis de Verkkonnuksen que o objetivo de Inkoor era o domínio de todo o mundo e Benevith não iria parar até conseguir seu desejo. Reunidos em Nackrull, os Lideres de todos os reinos conhecidos formaram uma aliança para combater as forças de Inkoor e por fim a uma guerra que já durava muitas décadas.
Foi traçado um plano para acabar de uma vez com as forças de Kort, um plano tão inconcebível que se conseguissem realizar acabaria com a guerra em um só golpe. Os exércitos de Ahbult iriam navegar pelo norte do mundo conhecido e desembarcar aos pés da Muralha Infinita, de lá tomariam um antigo forte Nordium e o usariam para libertar todo o país, juntando se as tropas que ainda resistiam no interior para aumentar seu número. Byrrow teria que resistir contra as tropas de Benevith ao sul do seu território não visando expulsá-los, mas ganhando tempo para que os Baakar retomassem a sua ilha, contavam para isso com milhares de homens escondidos na floresta. Uma vez que a Ilha Floresta estivesse nas mãos da aliança e o norte de Nordium ocupado pelos exércitos de Ahbult, todos os exércitos atacariam o Reino de Inkoor através do sul e do Rio Eterno ao mesmo tempo, enquanto isso algumas dezenas de milhares de soldados de Ahbult desceriam a fronteira, ajudariam a libertar Byrrow e depois ambos atacariam através de Sulthet e marchariam direto para Kort, com o objetivo de destruir a cidade e seu Regente.
Tudo isso era quase inimaginável, muito menos realizável. Mas foi decidido que essa era a única forma de acabar com esse pesadelo e as pretensões de Benevith. Se cada reino agisse sozinho e de forma independente jamais parariam a máquina de guerra que era Inkoor. Dois anos foi o tempo previsto para colocarem seu plano em ação, era muito tempo, mas sem esse seria impossível preparar todas as peças para agir. E dentro de um ano deveriam se reunir novamente para avaliar se o plano era mesmo possível e se a situação exigiria mudanças no planejamento, o que unanimemente concordaram que iria ocorrer, só não conseguiram avaliar o quanto.
Na data prevista os reis se encontraram novamente na cidade de Nackrull para avaliar o andamento dos preparativos para o que chamaram de “A Guerra de Todos”. Como previsto a situação havia se alterado muito, o reino de Sulthet havia caído ante as forças mágicas vindas do Deserto Zul e um ataque infernal de criaturas de fogo que cruzaram o Rio Eterno sem deixar de queimar. Tal acontecimento, junto com o fato de que Benevith continuava no Trono de Kort por quase 100 anos, sem demonstrar fraqueza ou envelhecimento, chamou a atenção do Rei Ruhtra de Ahbult, profundo conhecedor da magia. Após meditar por alguns dias, Ruhtra descobriu que o Regente de Inkoor já não era mais um simples homem, alguma coisa o tinha transformado em um ser dotado de poderes inimagináveis.
O FIM DE UMA ERA
O que ocorreu a partir daqui é quase um mistério total, não existem registros confiáveis da chamada Guerra de Todos, os relatos e estudos sobre a III Era praticamente sumiram e cerca de 200 anos foram necessários para catalogar e registrar antigas escrituras que remontam dessa era. Curiosamente os documentos que relatam os acontecimentos anteriores a essa guerra trazem uma riqueza invejável de detalhes, mas curiosamente são brutalmente interrompidos após a segunda reunião em Nackrull. Passados pelo menos 500 anos, não existe mais ninguém vivo que tenha visto a terrível guerra.
Estudiosos falam de uma era de trevas onde tudo foi destruído e a humanidade reduzida à barbárie, tudo foi destruído e Verkkonnuksen transformada para sempre. Os reinos reduzidos a pó, sem um mínimo de vestígio da antiga glória, não fossem as velhas ruínas, esses escritos não passariam de lendas, contos de taverna, e de fato o são para a grande maioria dos homens.
Antigas lendas, contos para assustar crianças e bêbados (como dizem os mais céticos) falam de chuvas de fogo caindo do céu, tempestades que duraram anos, bibliotecas queimando do nada, criaturas abissais destruindo cidades com apenas um balançar de braços. Um caos que teria durado cerca de 50 anos e depois disso, silêncio! A fúria dormiu, os gritos silenciaram e os sobreviventes puderam sair de suas cavernas. O mundo havia agonizado, mas não morrera. Então os sobreviventes tiveram que lidar com algo mais terrível ainda, os gêmeos haviam ido embora! Não encontraram nenhum sinal da presença de seus deuses, tudo que os ligava ao sobrenatural desaparecera. Sem magia, sem intervenções divinas, sem poderes e, sem deuses. Os homens haviam sido abandonados a sua própria sorte e não mais contariam com Rattio e Irracis.
Aos poucos a humanidade foi se reconstruindo e se esquecendo do passado, contavam agora apenas com a sua força e limitada inteligência. Os deuses e a história, aos poucos caíram no esquecimento, junto com a III Era.