Arthur e Angus
Conto 1: Não Olhe para Trás
By: J.J.
Essa é um conto de cavalaria, pokemons e amizade. Se inicia com Arthur Mclaren, herdeiro de uma multinacionais de carro, sai em viagem com seus pokemons e seu melhor amigo, Angus Rogers, para realizar o seu sonho: Salvar o mundo.
«!» [ https://www.youtube.com/watch?v=XgbkvaLy3Lg ] -- O dia começou cedo para todos na residência McLaren. As empregadas foram instruídas a limpar bem a mansão para aquele dia; a equipe da cozinha foi ordenada a preparar o melhor café da manhã possível. Arthur acordou e sequer sabia que sua armadura havia sido lustrada, sua espada Protetora... afiada e até Ruby tinha recebido um tratamento especial só para aquele dia. Excalibur foi limpa, estava tudo impecável. Enquanto o jovem McLaren estava vendo sua armadura sendo bem apertada contra seu corpo naqueles últimos instantes dentro de casa, sua mochila estava bem a sua frente, preenchida com o essencial para sobreviverem aos dois primeiros dias na natureza, se optassem por aquilo. Angus? Pressão, jovem, pressão. Ser o melhor amigo de Arthur não significava nada demais quando um pai preocupado, dono de uma multinacional e bem abastado estava pondo tanta responsabilidade sobre seus ombros. Todas as pokébolas foram especialmente lustradas e o clima lá fora estava bem frio mas não importava. 05 de Janeiro de 2019 - 08:51 da Manhã. Era o dia, o tão esperado sonho de Arthur para Salvar o MUNDO! Não deixe ele fazer essa estupidez, Angus. William estava diante de um espelho, ajustando o terno - atarefado, já teria que estar saindo logo após a dupla. --Eu e você sabemos que isso só vai lhe dar uma morte precoce. Estavam apenas Angus e William no escritório do Sr. McLaren, um cômodo cheio de livros nas prateleiras e até algumas bebidas devidamente guardadas dentro do que por fora parecia ser um globo com aparência bem clássica. Estarei enviando ainda hoje a quantia necessária para um hotel ou pousada descentes... Sei que a ''aventura'' é dele mas quando longe.. é você que vai ter que lembrá-lo que um herói morto não serve de nada. Limpou a garganta e virou-se para Angus, encostando-se na própria mesa e sentando-se com calma. Arthur estava tendo a armadura firmada, todas as amarras foram bem presas. O mordomo da família se afastou, sorrindo. --Um verdadeiro cavaleiro, Sir Arthur. Ruby? Estava do lado de fora já, pronta para partir. Excalibur? Embainhada mas presente e atenta. Já pensou qual será a primeira parada para salvar o mundo?
<Arthur Mclaren> --Já pensei Alfred. Eu como cavaleiro tenho tudo o que eu preciso, exceto uma fonte sustentável de comida. Apesar de saber caçar, não sou um caçador, então acredito que iremos atrás de uma ave de rapina. Irá nos ajudar a sobreviver quando tivermos dias longes da civilização.
Essa será nossa primeira aventura, uma preparação para novas aventuras. Arthur falava para Alfred, e fazia um sinal para ele, apontando para um canto, atrás do armário. Enquanto falava, escutava o seu pai conversar com seu parceiro, ou agora escudeiro, sobre o quão arriscado era, ainda não tinha aprendido a ignorar tal assunto, e ficava com raiva ao escutá-lo, porque seu pai, para variar, estava certo, mas hoje não. Era um dia especial. Falou com Alfred e então virou o corpo para Angus. --Já pensou em qual ave podemos ensinar a falcoaria? E que esteja próximo a nós? Temos dois dias se suprimentos meu caro.
<Angus Rogers> -- ..... Certo. Certo. Não teremos problemas quanto a este tópico, ao menos... Não. Eu garantirei que não tenhamos problemas, senhor McLaren. -- Claro, porque essa é minha especialidade.... Ainda hoje me perguntava porque aceitei isso. -- Apenas... Lembre-se de checar o que deixei em sua mesa ontem. É uma versão atualizada que considera diversas situações-problema que venham a ocorrer e o que precisaremos do senhor, para tal. A operação vai lidar com 90% de minhas ações, e os 10% que restam serão situações onde.... Creio que não acontecerão, mas se for o caso, envolverão alguma ação vinda do senhor. Bom, em resumo, garantirei a boa condição de saúde, física e mental, do jovem Arthur. -- Falei demais. Mas fazia parte, claro. Claro. Mas falei baixo. Arthur não devia estar muito longe da sala e escutaria tudo. Ali, era entre eu e o pai dele.
<Angus Rogers> -- Falcoaria? É.... Ainda não pensei, senhor Arthur. Mas até o fim do dia terei uma resposta. -- Abria a porta, já tendo o Arthur me puxando pra conversa e eu com a cabeça ainda cheia de outras coisas.
«!» Alguma música ambiente tocava do lado de fora do cômodo e ecoava para o escritório de William. O cara sempre foi bem tranquilo - afinal tinha uma vida muito boa, mas era tão ocupado que diálogos com ele não duravam muito, o que diminuía a chance de se tornarem muito mais colegas. --É o que eu gosto de ouvir, Angus.... mas lembre-se. É o meu garoto lá fora. Meu garoto. O amor paternal sempre falava mais alto, William não tentou esconder que se importava mais com Arthur... mas seria hipocrisia dizer que não era verdade. -- Lerei mas não se preocupe... passei o dia todo ontem puxando contatos e favores. Se curvou um pouco, demonstrando cansaço. --Deve
servir para ajudá-los a abrir algumas portas com mais facilidade. Fez um rápido movimento de braço e expôs um rolex dourado. É. Tá na hora... Se ergueu, tocou o ombro de Angus e juntos partiram em direção a saída do cômodo que ficava bem próximo do quarto de Arthur. Arthur sentiu um último apertão e pronto. Livre para agir. As florestas ao norte e as regiões montanhosas do noroeste são um bom palco para a procura de uma ave, jovem mestre. Curvou-se para demonstrar humildade na alegação que fez e foi então que Angus chegaria. Haviam duas grandes mochilas no quarto de Arthur e uma era de McLaren, a outra mais próxima a porta era a do próprio Rogers. William afirmara que ficaria perto da entrada da casa só esperando para se despedirem - queria fazer algo mais cerimonial e formal... uma verdadeira despedida de cavaleiro. As empregadas da casa passaram apressadas, uma esbarrou em Rogers sem querer. Cecília, a conhecia, sempre desastrada. Perdão, perdão.. E seguiu, em ritmo apressado. Angus sabia que Trovão também estava do lado de fora, próximo a Ruby - ambas montarias eram especialmente próximas, como se reconhecessem a proximidade das espécies. Havia recebido um tratamento de rei ontem... enquanto o de Angus foi uma pressão do tamanho de toda uma família de alta influência.
<Angus Rogers> -- Correndo o risco de ser redundante, senhor, mas.... Compreendo. É o seu filho. E apesar de eu não ter parentesco com o jovem.... -- Um risinho de nervoso. Era um tópico que sempre me dava uns cacoetes imprevisíveis. Dei outra risadinha zoada. E então, respirei fundo. -- Sabe como valorizo e nutro afeto por todos nessa residência e no escritório. Não se preocupe, cuidarei do seu garoto, chefe. -- É. Cuidaria. O que podia ser planejado foi planejado, e tudo estava.... indo bem. Os contatos e favores... Aquilo exigiria mais conversa, mas não era o momento. Dei ao senhor William a chance de se aprontar sem minha presença, saí e fui até onde Arthur estaria. Com Cecilia trombando em mim, nem liguei. Só dei um risinho e fiz um gesto de quem não ligava. -- Está tudo bem, Cecilia. Só... -- É, pressa. Dia de pressa. Alfred dava continuidade ao que eu disse. Era um senhorzinho bem esperto, gostava bastante dele. Eu estava esperando resposta de um contato sobre isso do tipo de pokémon que Arthur estava querendo.... Esperava.... Gostaria muito, que a resposta chegasse antes do fim do dia.
<Arthur Mclaren> *Arthur movia o seu tronco, se erguendo na ponta do pé, e depois repousando os calcanhares, também dava algumas tremidinhas no ombro para fazer a armadura encaixar e se ajustar. Já estava acostumado, então achava até confortável, depois que se encaixava. Nada como uma roupa de algodão, mas não iria reclamar da proteção extra. Sim, estava pronto. O dia que tanto sonhou chegava, e ele só pensava em dar o primeiro passo para fora de casa, uma espécie de ansiedade boa, que quase lhe fez esquecer o seu presente: --Alfred, por favor, traga o presente do Senhor Angus. Será que ele vai gostar? A propósito, obrigado pelo conselho, florestas ao norte, e montanhas ao noroeste. Não esquecerei.
«!» William McLaren apreciou todas as palavras ditas por Angus e o deu um tapa suave no ombro antes de seguir para a saída da residência. O contato de Angus? Responderia em breve sobre aquele tipo de coisa - o dia só precisava ficar um pouco mais tarde e o cara acordar, ler e mandar a resposta - conhecimento na hora tinha suas vantagens de ter que depender de outros... mas foda-se. Faça o que pode, isso que importa. Cecília sorriu para Angus, aliviada e só seguiu. Uma ruiva natural, sardas no rosto.... o melhor tipo... e teria de se despedir tanto dela quanto de todos os outros. Alfred sorriu e concordou, pedindo licença a ambos e indo até o canto do quarto para tirar de lá um embrulho de classe, estava claro, o selo era dourado e o cordão que mantinha tudo atado era de um barbante bem-feito e limpo. Entregou o embrulho diretamente para Arthur, imaginando que ele gostaria de ter o prazer de entregá-lo para Rogers. Se possível mandem notícias, adoraria saber como andarão as aventuras de Sir Arthur e seu fiel escudeiro. Sorriu para Rogers, ficando mais ao lado deste antes de voltar-se para McLaren júnior.
<Arthur Mclaren> --Irei escrever assim que tiver a primeira história para contar. Arthur falava, pegando o embrulho, tirou um papel de proteção, para não acumular poeira, branco, e transparente, que não escondia o que era: uma espada, com uma bainha linda. Couro nobre, a cor era marrom, mas o brilho o fazia pulsar quase em vermelho. Barbante branco, com nós bem traçados, junto com um cinto também de couro. E obviamente uma espada encravada na bainha. Arthur pegou aquilo com as mãos e se aproximou de Angus, lhe dando um tapa no ombro, e em
seguida transferindo a posse da arma para ele. --Espero que não tenha achado que iria ficar me olhando fazendo tudo. Vai ter aulas de esgrima comigo todos os dias, após montarmos acampamento. Espero que também tenha aprendido a montar barraca e acender fogueiros como lhe pedi. Falava e então dava um abraço em Angus, algo reservado apenas para os melhores companheiros, logo se afastou para ver a reação do garoto ao ver que aquela bainha guardava uma espada com nenhum brilho. Estava novíssima, era perceptível, mas tinha um metal comum, nenhum detalhe, e não tinha fio de corte. -- Quando estiver pronto, ira ganhar uma espada que mereça.
<Angus Rogers> O senhor William.... É, bom. Aquilo, já fazia bastante tempo, não era apenas trabalhar e dar dinheiro. Eu tinha afeto por aquelas pessoas. Cada uma. Cecília, Maria, Madeline, passando por Alfred, obviamente, o senhor William, o senhor Arthur, o Bastian.... Tantos nomes, tantas pessoas. Só respirei fundo e segui caminho. A surpresa veio, com uma careta de confusão, quando Alfred pegou o presente, pela forma já dava pra imaginar o que era, mas o cuidado do Arthur ali. Sabia ser pela poeira e tudo mais. O conhecia, conhecia seu pai.... Mas não esperava aquilo, claro. Claro, pensei em tudo, menos que ganharia uma espada pra agir. Esqueci como sorria ali, e abracei Arthur só depois que senti ele me apertar. -- Ah, é.... Muito gentil, senhor Arthur. Agradeço. Admito que.... que gostei. -- A bainha era bonita, fato. Demais. E a espada.... Foi quase como, como os jovens falam? Trollagem? Ver a espada cega, mas com o metal novo, ainda virgem de qualquer coisa além da própria forja. Não foi decepção, só engraçado. -- Precisará de paciência para me ensinar, é o que digo. Vou me empenhar no aprendizado. -- E... Só fingi que não ouvi o resto. Montar barraca, acender fogueiras.... só sei que nada sei, já dizia Sócrates.
<Arthur Mclaren> --Eu sou paciente Angus, eu ensino, crianças. E a Excalibur também. Eu duvido que você seja mais teimoso que qualquer uma delas. Alfred, estamos prontos, podemos partir. Foi uma afirmação um pouco dúbia, um questionamento para Angus, o qual olhava para saber sua resposta. Ele pegou a mochila e a vestiu, com alguma dificuldade nas costas, diferente do que a
maioria pensam, armaduras não são tão limitantes quanto acham. Avaliou o peso. E o quão cansativo seria andar com aquilo. Não muito. E agora de fato estava preparado. Esperava Angus fazer o mesmo, para então voltar a marchar em direção ao jardim da casa, rumando à saída
«!» [ https://www.youtube.com/watch?v=WBM106iQiM0 ] O sonho de voar estava se aproximando para ambos - apesar que talvez um deles não compartilhasse deste mesmo sonho, ainda eram amigos e praticamente sangue-do-sangue. Família. Alfred apenas assistiu com um sorriso calmo enquanto os dois se abraçavam e a própria Excalibur se fez lembrar com uma cutucada mental na mente de Angus e do próprio mestre. A dupla andaria com calma pelos longos corredores da residência McLaren, apreciando os últimos detalhes - a maneira como as arestas receberam preenchimentos abobadados pequenos mas chamativos, com suas superfícies convexas e pequeninos detalhes dourados. Passaria-se tudo em câmera Lenta. Para Arthur era finalmente ir topar o mundo, encarar o que ele tinha de oferecer e salvá-lo de si mesmo - a certeza de que os desafios existiriam mas que a honra estaria em enfrentá-los, não importasse quão difíceis e improváveis. Para Angus? Bem... significava abandonar a civilização por um tempo indefinido em busca de um objetivo abstrato - mas não inalcançável... era só não se dar tempo de calcular as variáveis. Finalmente chegaram nas escadarias do hall principal e foram descendo com tranquilidade, notando então o porquê da pressa das empregadas. Toda a equipe da mansão estava ali, metade de um lado do tapete vermelho, a outra metade do outro lado do tapete. As portas da mansão estavam escancaradas e a única pessoa no caminho era... William. Olhou para o rolex uma última vez antes de ajustar a postura e sorrir para ambos. Toda a equipe dos dois lados se curvaram em respeito quando tocaram o térreo... uma verdadeira ala de honra, uma despedida digna de um Sir e seu escudeiro. Alfred ficaria para trás, imóvel, mas contemplativo. --É sempre difícil para um pai ver um filho partir, mas, bem... Negou com a cabeça, sorrindo. Não sou bom com palavras mas vim desejar meus mais sinceros votos de sorte aos dois. Não são muitos aqueles que aspiram pelo bem da humanidade.. e estou honrado de saber que um deles é meu filho. Tocou
no ombro de Arthur, o olhou nos olhos, um sorriso firme. --A você não confio um bem, nem um dinheiro... e sim um presente que muitos cobiçam em segredo. Olhou para Angus. Uma amizade verdadeira com seu fiel escudeiro - Angus Rogers. Sorriu e foi se afastando, dando passagem para os dois. Vão... e não se esqueçam de onde vieram. Me mandem mensa- cartas. Se corrigiu assim que pôde e deixou que partissem. Voem.
<Arthur Mclaren> --Obrigado pai. Foi tudo o que conseguiu dizer, fez questão de abraçar seu pai. Se escondeu atrás do abraço e do corpo de William para esconder os olhos brilhando. Não sabia dizer se foi o discurso do seu pai, provavelmente não. Mas o conjunto de toda emoção havia chegado para ele. Mas Arthur deveria parecer forte, e por isso, ficou tempo suficiente para aproveitar o último abraço em tanto tempo e para o olho terminar de secar. O soltou e andou em direção a saída do portão. Questão de mística: sem olhar para trás. Enquanto passava pelo meio do cortejo, distribuía acenos e sorriso. Ao cruzar o portão, teve que realmente se concentrar muito em não olhar para trás. A saída para isso era óbvia, se concentrar em outra coisa: Montanhas ao noroeste, ou floresta ao norte? A segunda opção seria a mais correta, ambiente o qual Arthur estaria totalmente adaptado à acampar, ou quase. Mas a primeira escolha era a óbvia, viver aventuras onde ainda não tinha ido, e foi para lá que Arthur resolveu se direcionar ao cruzar o portão, mentalizando não olhar para trás*
<Angus Rogers> Depois de todos os acenos e eu dar aquela seguradinha pra.... Haha. Todos me conheciam. Eu tenho certeza que por baixo dos panos alguém fez uma aposta se eu choraria na despedida de agora ou não. Duvido nada.... Mas segui. Sir Arthur McLaren... na frente. Pois esse era seu título agora. E eu atrás. -- Sir McLaren.... Siga. Avante. Adiante. Sempre em frente. Eu cuido de... olhar pra trás. Não se preocupe. Somos um time, agora mais que nunca. -- Falei não tão alto, mas próximo dele. Esperava que ouvisse. Eu também não estava lá em um estado perfeito.
«!» Nunca. Olhe. Para. Trás. Só o que está adiante de si é o tangível, o passado é fugaz e se esvai constantemente. Foque no presente, preparando-se para o que vai vir. Arthur iria na frente totalmente focado em não olhar para trás, sendo portanto o primeiro a notar que tanto Ruby
quanto Trovão estavam bem selados, penteados e prontos para partir. A Ponyta bufou e saiu de perto do Mudbray ao notar seu dono e foi trotando lentamente para perto. Angus, mais para trás, ainda acenando gentilmente, distribuindo joinhas e recebendo o carinho de todos só chegaria depois com seu Mudbray pisoteando o chão ao se inclinar e bufar com força, balançando a cabeça e fazendo um barulho que ele saberia que iria irritar Angus - uma maneira de chamar sua atenção. Estava mais limpo do que nunca, as crostas de lama em seus cascos foram completamente removidas e tava um potro de trabalho exemplar. Finalmente. Liberdade indômita. Excalibur comentou na mente de McLaren com sua voz formada por tons abstratos e uma mistura de masculino com feminino. A Honedge claramente adorou a ideia de finalmente irem para o lado e principalmente de saber que não iriam retornar. As palavras decisivas de Angus deram toda a vontade precisava para garantir não olhar para trás e agora rumariam para noroeste... rumo ao Grande Fim...? Literalmente o nome de uma pequena cadeia de montanha que ficava a noroeste de Londres - o reino unido era muito plano... seria uma viagem de vários dias, semanas até se só feita a pé - mas não era exatamente uma aventura que buscavam? Balela. O contato de Angus com certeza saberia algo sobre um lugar mais próximo e com pokémons voadores bons o suficiente. Era só questão de esperar. Ruby esfregou o fucinho na face de Arthur, inclinando-se suavemente e começando a trotar lentamente ao seu lado. Trovão? Expôs os dentes em uma risada para Angus e meteu a língua para fora, só se pondo a andar. Rogers se lembraria das palavras de William... ele era a cabeça estratégica da viagem... já havia pensado qual o primeiro passo real naquela jornada?
<Arthur Mclaren> Arthur assentiu para Angus, e soltou um leve sorriso, algo entre o forçado e espontâneo, felicidade com satisfação. E então voltou as atenções para Ruby. Encostou a testa na testa da égua, e logo fez um carinho em sua crina e pescoço, a puxou de leve pela corda, apenas para indicar a direção do movimento então seguiu na direção Trovão, para cumprimentá-lo com um tapa médio no couro, e logo em seguida um cafuné. Reposicionou Ruby e então montou nela. Se sentia maravilhoso vendo o mundo do alto das costas de sua companheira. -- Está pronto Angus? O Grande Fim? Algum dia os bardos irão contar que a jornada do herói começou pelo
grande fim. Deu outra risada e ficou esperando Angus se ajeitar com Trovão para começar a trota com Ruby na direção da cadeia motanhosa
<Angus Rogers> Aquele pokémon me amava. Só podia. Eram provocações demais. Eu não.... não considerava isso algo ruim. Muitas relações, boas, começam com pequenas intrigas e trocas de farpas assim. O barulho, o som que faziapra me provocar, é. acertou. Estava além de meu controle. Mas passei a mão no rosto do Mud.... eu ainda errava o nome da espécie. Sempre preferi o nome de batismo. Trovão. Afaguei o rosto, fiz um cafuné no pescoço, depois na nuca. Ajeitei a mochila bem presa na cela, mas não montei. Fui caminhando mesmo, aproveitando esses primeiros minutos pra.... .... tentar fechar o cinto da espada na cintura, pra não cair e eu conseguir puxar. Não estava afiada, mas.... Metal é metal. Pancada na cabeça sempre foi eficaz. Com metal, ou com pedras... lascadas.
<Angus Rogers> -- O Grande Fim? Me parece um "início" bem promissor. Dada à ironia do título da cadeia de montanhas. Só demoraremos um pouco para chegar lá. É por lá que.... quer começar? -- E ali, de fato, meu trabalho começava.... Com tantas coisas a pensar..... E dependente de apenas uma resposta.
<Arthur Mclaren> -- Foi Alfred quem sugeriu. E porque não? A montanha deve abrigar algumas das aves mais interessantes certo? Eu se fosse um pássaro, eu ia preferir viver na montanha. Nem Arthur sabia o sentido que essa frase tinha, a principal motivação já tinha sido pensada por ele: Nunca tinha acampado em um montanha. A desculpa que ele deu era secundária, embora ainda acreditasse nela. Na sua cabeça pelas montanhas serem mais altas, os pássaros seriam, bem, mais 'voadores'. Teve que reduzir a passada do Ponyta para acompanhar os passos de Angus, o que lhe dava uma certa agonia em fazê-lo. Era como um início em câmera lenta. Montado em um Blaistose sedentário.
«!» Os pokémons estavam todos claramente satisfeitos e alegres. Trovão galopava alegremente enquanto Ruby seguia em um ritmo agradavelmente calmo com Arthur em suas costas, suportaria bem o peso extra da armadura - era uma égua exemplar em vários quesitos. Trovão parecia rir de
Ruby por algum motivo, emitindo guinchos e balidos em sequência, não parando por nada pelos dez segundos seguintes. Desagradável! Excalibur falou só para Arthur ouvir sobre os barulhos. A caminhada/cavalgada já havia os levado para fora da propriedade mas... sem um destino verdadeiramente fixo era difícil dizer se estavam se aproximando ou se distanciando. Eram 09:00 da Manhã de 05 de Janeiro de 2019 A jornada havia apenas começado.
<Angus Rogers> -- Montanha. Pokémons pássaros. É, faz sentido, senhor. Mas... Vamos pela floresta, que tal? -- Uma rota familiar, um pequeno desvio, mas que nos levaria até o objetivo da mesma forma. -- O marco zero de sua jornada.... É, então... -- Dava uma travada, parando de andar um instante e atrapalhando o ritmo de todos. Ainda precisava me acostumar com... "tudo isso". Não era como nada que já aconteceu nos últimos anos. Isso é... único.... E igualmente..... perigoso.
<Angus Rogers> -- O marco zero de sua jornada heroica é a passagem pela floresta para então alcançar o Grande Fim e, de fato, iniciar a jornada. Um trajeto calmo, de preparação, como dizem, um aquecimento, para a ação real, quando chegamos lá.
<Arthur Mclaren> --Tudo bem Angus. Por favor nos guie. Excalibur está mais ansiosa que eu por uma ação real. Arthur falava imitando a entonação de Angus ao repetir suas palavras. O pedido para guiar veio com segundas intenções: fazer Angus passar à frente e caminhar mais rápido, se não tinha ficado explícito, agora ficaria. Arthur estendeu os braços apontando para frente, em um sinal de ''abrir passagem'', e reduziu ainda mais a marcha de Ruby, quase parando. Como se já não bastasse, ainda iria dar um tapa de intensidade média na traseira de Trovão, fazendo com que o animal acelerasse aumentando a velocidade da marcha da dupla. Nenhum desvio iria lhe atrasar ou irritar tanto, quanto ver Angus caminhando devagar.
<Angus Rogers> Eu? Guiar? Tá, certo, certo. Claro que ia guiar. Só.... Deixa eu pegar o PokéNAV aqui.... Abrir mapa, GPS ativado e..... Ok, certo. Rota definida. Começou bem, rolha de poço, muito bem. -- Claro, vou guiar. -- E acelerei o passo. Tive de soltar a guia de Trovão pra usar o PokéNAV e seguir caminho. Beleza. Eu planejei mil cenários diferentes, mil abordagens sobre o começo dessa
"jornada", fora os planejamentos de longo prazo, pra meses.... mas..... Nada se compara a estar ali, agora. A menos de cinco minutos da casa do Sir Arthur..... Era.... Não, foca, que vai dar certo.
<Angus Rogers> -- Sir Arthur, podemos seguir, com Trovão e Ruby, gastaremos tempo, mas poderemos conhecer as redondezas.... Ou podemos pegar um Uber ou táxi, e acelerar nossa jornada para o Anel Externo e que nos deixará próximos à floresta para começarmos o caminho de verdade. O que prefere?
<Arthur Mclaren> Arthur olhava para Ruby para avaliar sua empolgação em me levar na garupa. Devia ser muita. Então a resposta seria permanecer sobre a Ponyta, pelo menos por hora. Perguntado, Arthur verbalizou o seu pedido. -- Prefiro acelerar. Pelo menos até a praça Watford. Depois de lá, podemos pegar um táxi. Assim Ruby matar saudades de cavalgar. Na verdade, preferiria correr montando seu pokemon. Acariciou Ruby e esperou Angus se virar para frente, tentando se ajeitar com suas tecnologias, para soltar um suspiro de impaciência. Não demorou muito para emparelhar com o seu companheiro, mas ainda o deixando guiar o trajeto até então.
<Angus Rogers> -- Acelerar. Entendo. -- Não como deveria.... Isso não é uma situação normal. Padrões conhecidos.... Não se aplicam.... a... isso aqui. Não, não.... Respirei fundo, suspirei devagar, mas forte. Olhei pra Trovão. -- Amiguinho, vou precisar subir. Espero que.... entenda. -- Na minha cabeça, eu ri. Ali, olhando pra ele e indo pro lado e pondo o primeiro pé no suporte da cela..... A cara era séria, como sempre fazia no trabalho. Eu nem sabia se ia cair ou não. Treinei isso, mas não o suficiente. Uma vez montado, dava um carinho no pescoço de Trovão, bem sem jeito, nervoso. E apertava um pouco seu tronco com as pernas, como um comando para acelerar. Não ia usar esporas pra fazer essas coisas. Não tinha porque. Trovão era um pokémon inteligente, já sabia disso de.... relatórios e experiências anteriores.
<Angus Rogers> Com uma mão, segurava a guia, com a outra, garantia um Uber para nos levar até o acesso mais distante do Anel Externo. Eu teria tempo de.... respirar e pensar em... mais coisas. Com o pedido do Uber feito, olhava para Sir Arthur e sorria. -- Se Ruby e.... Trovão quiserem, podemos correr até a praça.
<Arthur Mclaren> Arthur se divertia ao ver o jeito desengonçado de seu amigo ao montar Trovão. Não conseguiu evitar olhar para o cofrinho que surgia antes dele se ajeitar na montaria. O sorriso abriu ao imaginar ele desferindo golpes com a espada. Nem precisou responder, um leve toque com o seu pé na barriga de Ruby já lhe fazia acelerar, ia controlando a velocidade, permitindo ser alcançado por Angus, e então acelerava mais um pouco, até encontrar uma velocidade em que o quarteto se sentisse confortável em seguir. Como estavam correndo na rua, não era mais seguro andar lado a lado, então ficava atrás de Angus durante o trote.
«!» Ambos pokémons estavam bem mas estava claro que Ruby soltou alguma espécie de piada para Trovão. A Ponyta relinchou e bufou, relinchando novamente o que levou a Excalibur a gargalhar de modo que até Angus ouviu. Trovão por outro lado chiou em desagrado com a ideia de ter Rogers subindo e até ameaçou dar a louca e começar a saltar para tirá-lo de cima... Mas no final fez um relincho chato que era claramente uma risada: estavam tirando onda entre si e com o próprio Angus. O Mudbray, ainda assim, aceitaria o comando para que acelerasse e isso já havia acontecido enquanto Rogers fuçava o pokénav em busca da melhor rota para a floresta ao norte de Londres: Ficava em uma cidade além do muro interior, já em Luton - uma cidade após Watford. Seriam algumas horinhas de viagem se fossem de ônibus... arriscado dizer que ainda levasse uma hora se pegassem o über dali para Luton. As chamas de Ruby estavam elegantes, vívidas e acalentadoras... sem queimar e sem causar calor em demasia. Trovão por outro lado estava fazendo questão de sujar mais as patas em pisar em pontos de terra fofa usando força para cravar os cascos.. O bicho amava estar com as patas sujas - o que fazer? No fim... aconteceu o que todos imaginavam. Ruby inclinou com tudo para uma disparada triunfal enquanto Trovão só meteu o foda-se e avançou diretamente. O Mudbray relinchou em deboche, mas não duraria muito. A
Ponyta alcançou seu rival e o ultrapassou poucos instantes depois. Arthur estava acostumado mas Angus, mesmo montado no pokémon mais lento, estava sofrendo com o sacolejo do andar do animal, sentindo de cara que aquelas pancadinhas acabariam com sua lombar e quadril mais tarde. Fora da propriedade, estavam em bairro nobre de Londres - não haviam pessoas transitando e pouquíssimos carros na rua, todos estacionados. O clima frio e o céu parcialmente nublado... [ https://www.youtube.com/watch?v=dVfVV-pBcDc ] Mas nada poderia deter um herói e seu escudeiro. Rumo a Watford então? Longa.. longa cavalgada.
«!» [ https://www.youtube.com/watch?v=EKphgamhPrw ] --Eu, Excalibur, primeira de meu nome, liderarei a investida...!! Claro. Excalibur se negou a permanecer por mais um segundo naquela bainha. Saiu imediatamente dela e flutuou, disparou a frente de todos os pokémons com uma série de zig-zags, dançando, rodopiando e continuando assim pelo resto do caminho. --EU SOU LIVRE! LIVRE! Estava animada(o), falando alto o suficiente para todos ouvirem e Ruby balançou a crina flamejante, relinchando junto com Trovão - ambos concordavam e aceleraram o passo. Chegaram na parte mais urbana, atraindo atenção das pessoas. Algumas acenavam até para a dupla - principalmente Arthur. Quando é que vão ver um cavaleiro em sua montaria e acompanhado de seu fiel escudeiro? Com espada e tudo, alguns tiravam fotos de longe. Precisaram pedir informação de um guarda de trânsito ainda montados sobre qual direção seguir. Do ponto de vista de Arthur, um prédio azul se tornou uma imensa cachoeira, jorrando sobre aquele mar de carruagens com pessoas vestidas de maneira colorida; semáforos se tornavam árvores, postes se tornavam pinheiros imensos. Cabines telefônicas? Casinhas de banheiro com um símbolo da lua minguante. Angus até foi surpreendido por uma criancinha acenando justamente pra ele, com óculos fundo de garrafa e um dentinho faltando. É... talvez o início fosse duro mas... que aventura não tinha suas adversidades? Finalmente, após um mar de carros-carruagens; prédios que se convertiam em montanhas e um sol sorridente afugentando o frio... chegaram ao Norte de Londres por volta do horário do almoço. A fome ia batendo mas veja só..! Um McDonalds, ou melhor, TAVERNA! Hora de parar? Ali ou em outro lugar? Não importava. Enfrente-me, criatura infeliz! EN GUARD!
Excalibur brincava com próprio reflexo em uma vidraça enquanto Trovão parou sozinho para colocar um dente de leão na boca e mastigá-lo, tirando relinchados de risada de Ruby.
<Arthur Mclaren> Fazia tempo que Arthur não cavalgava assim, por tempo tempo. Era divertido ver as pessoas reconhecendo-o como cavaleiro, afinal, fez por merecer isso. Também era divertido ver Angus reagindo ao carinho. Se divertiu ainda mais com os movimentos da Excalibur. Quando se cansava, a chamava de volta, corrigia um e outro movimento de esgrima, e a incentivava a voltar e golpear o ar novamente. Observou o cenário e se perdeu em pensamentos olhando a cachoeira no meio da cidade. Quando voltou viu Excalibur parado enfrente a uma taverna. Era hora de comer. O tempo havia passado e ele não tinha percebido. Mas a parada junto ao barulho do ronco do estômago lhe faziam lembrar. Excalibur sem querer, ou não, já tinha escolhido onde iriam comer. Apenas teve o trabalho de apontar para Angus e perguntar: --Paramos para almoçar?
<Angus Rogers> Escutar Excalibur falar era um sinal de atenção. Ali, com Trovão acelerando ou não, fiquei atento nela. Nele.... Notava o olhar de Arthur. Talvez por passar tanto tempo com ele e o senhor William.... Eu tenha notado algum detalhe? Certeza. Arthur olhava diferente pras coisas quando alguma coisa acontecia em sua mente. Minha atenção redobrava aí, então. Não apressava Trovão, mas falava, baixinho pra ele, e apontava pra Arthur, pra gente ficar perto. -- Sir Arthur, com calma. Não posso ver o que... o senhor vê. Então siga com calma. -- Não era a primeira vez de falar daquele jeito. Ele entendia? Eu achava que sim. Meus testes disseram que sim. Mas.... Hoje, daqui pra frente, tudo é diferente. A atenção que recebemos...................... Foi curioso. Não que fosse "novidade". O estilo espalhafatoso, extravagante, do Sir Arthur sempre fez isso, mas hoje.... Era diferente. Ele estava mais diante. Ruby estava mais animada. E Excalibur, mais imprevisível. Sei que o garotinho acenando pra mim foi inesperado. Acenei para ele, um joinha. Depois, fiz sinal de continência, sei nem porquê. E sorri. A mão desceu da testa para o peito, na altura do coração, punho fechado. E peito estufado. ... Não, Trovão, não me sacaneia pra eu cair, por favor.
<Angus Rogers> -- Sim, senhor. Paramos para almoçar. Eu.... -- Respirei fundo descendo de Trovão, dando uns tapínhas fracos perto de seu pescoço e depois fazendo um carinho. Eu não sabia
se isso funcionava pra algo, mas estava tentando. -- Senhor, eu vou falar diretamente com o taverneiro, tem algo que o senhor gostaria? Claro. Estamos limitados à..... à.... especialidade dele. O que significa "fastfood" e algumas variações genéricas de almoço balanceado, e sobremesa.
<Arthur Mclaren> --Peça para mim o que pedir para você. Irei me acomodar então. Arthur agradeceria a Angus mentalmente por entrar na fila da taverna por ele. Obviamente aquela já era uma taverna conhecida por ele. Conhecida por seus excelentes hambúrgueres e grandes filas. Mas serviam tudo incrivelmente rápido, Fast Food como havia dito Angus. Arthur desceu de Ruby, fez um carinho nela encostando a testa na cabeça do animal, então retirou a pokébola de seu cinto e guardou sua montaria nela. Iria entrar com Excalibur, a situação não permitiria guardá-la, mas ficou receosa por ela ficar nervosa. Ainda mais pela quantidade de pessoas, por isso, despreocupado em pedir a comida, focou suas atenções em Excalibur, ao sinal de nervosismo, iria pedir para Angus ''embalar para jornada'', e esperar do lado de fora com seu pokemon.
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Narrador(O narrador): smurfjuliotest@hotmail.com
Arthur Mclaren(Maxx): cqb157@hotmail.com
Angus Rogers(Natan):natanjps@hotmail.com