Bom, essa fora uma história que escrevi para um personagem meu após sua 'morte'. Fora feita no ano anterior, mas decidi postar hoje. Bom já aviso que história envolve uma pegada mais de terror, sangue e seus semelhantes, são frequentes. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Presa da noite Silêncio, era tudo que se podia ouvir em meio aquele ambiente, trazia a ele uma sensação fria, fria como a morte. Sentia um liquido quente escorrendo pelo seu peito. Sua visão estava turva, aos poucos seus olhos se acostumavam com a luz. Estava deitado, sob seu corpo nu, encontrava-se um pequeno grupo de roedores.
Despertava sentindo o miasma impregnando o ar, abaixo de si encontrava-se uma pilha de cadáveres, todos brutalmente mutilados, com suas vísceras e sangue espalhados em cada centímetro daquele túnel. O qual mais se assemelhava a uma caverna, ao sul fazia uma dobra a oeste, por meio da qual entrava a luz e uma gélida corrente de ar.
Debilmente se levantou e agarrou um manto escuro de tons avermelhados vindos da crespidão do sangue misturado as estranhas, junto a ele pegou uma espada, era velha e sua lâmina precisa de mais trabalho. Não fazia o seu tipo de arma, mas precisa de um meio defensivo. Os corpos continham certa formação, a frente e aos flancos continham homens, poucos tinham alguma arma de verdade, pás e forquilhas. Dificilmente reconhecíveis, ao centro se encontravam restos que algum dia pertenceram a corpos de mulheres e crianças.
Caminhava silenciosamente através dos tuneis em direção a luz, cada passo que dava se sentia mais angustiado, lembrava-se de seu sonho. Aquela mulher sendo arrastada em direção ao pântano, não tinha rosto e por ela nada sentia. Já o homem que a puxava era esquio, tinha cabelos dourados junto aos seus olhos, e mãos manchadas pelo sangue da mulher. Seu rosto causava-lhe uma grande repulsão. Repentinamente murmúrios de tristeza precedidos por soluços recobraram o a realidade, acabara de se dar conta que seus passos o levaram até entrada da caverna.
Iluminada pelo crepúsculo em uma pequena clareira enevoada perante a caverna, encontrava-se uma criança, estava abraçada a um corpo já morto, qual dava motivo a suas lamentações. A figura não teve reação, parou diante a fenda e de lá cravava os olhos no pequeno moribundo. Em poucos minutos os berros e soluços de angustia ficaram cada vez maiores, mais altos e mais perceptíveis. Logo por de trás das brumas pisadas podiam ser ouvidas. O homem continuava imóvel. Risadas inquietantes invadiam a clareira junto a três seres humanoides, mediam cerca de nove palmos e tinham a coluna curvada, pele coberta com uma pelagem cinza, orelhas e focinho que se assemelhavam muito a um cachorro. Seu corpo estava coberto e fedendo a sangue, portavam lanças nas mãos e afiados dentes em suas bocas.
A criança fora pega e por mais que se debatesse ou gritasse não pode evitar. Fora morta de forma terrivelmente dolorosa. Sua mandíbula fora quebrada pelas patas das criaturas, enquanto teve suas entranhas devoradas pelas mesmas. Assim, após se deleitar com seu alimento uma das bestas começara a encarar a fenda, não via nada por conta do anoitecer e não sentia cheiro algum, apenas sangue velho e dejetos de ratos. Reclamara algo em idioma estranho e junto as outras foi embora.
Em nenhum momento deixou de acompanhar a cena, em nenhum momento sentiu medo ou alivio, apenas observou. Sabia que podia evitar tal morte brutal, mas simplesmente não quis, não sentia culpa, muito menos prazer. Esperou alguns instantes até o luar se erguer, o qual veio de forma sobrenatural junto com o coaxar de sapos, a névoa se abriu um pouco mostrando a existência de um charco. Agora caminhava perdidamente, sendo a Lua seu único guia.
Encantada com a história apesar de curta porém as palavras usadas são de ótimo bom gosto e foram muito bem colocadas e eu amo essas palavras que não são usadas no linguajar popular atual,escreva uma história mais longa POR FAVOR!
Muito bem escrito! curti